Adoro generalizações. Acho que é a ferramenta ideal para tornar a nossa comunicação muito mais simples.
Não é mais fácil juntar todos os imigrantes de leste sob a única designação de "os ucranianos"? Ou noutros casos usar expressões como "os árabes" para designar milhões e milhões de pessoas diferentes (ultimamente há ainda uma tendência para substituir "os árabes" por "os terroristas") ? Eu acho que é um avanço fundamental na comunicação. Um salto para a humanidade.
Mas há uma generalização que para mim é a mãe das generalizações. Não só pela sua capacidade de englobar tanta coisa mas também pelas suas múltiplas utilizações: A bela expressão "Na África". (repare-se que o uso do "Na" é crucial para que a expressão soe bem. Só soa melhor quando aplicado ao "Na Angola").
São 51 países e milhões de pessoas que cabem nesta designação. E é usado por todos, desde o veterano soldado português ("Epá, foi quando eu estive Na África a combater que fiz esta tatuagem") ao comum dos cidadãos. ("Aquilo lá Na África está mau. Parece que há gente lá a morrer de fome")
Realmente, para quê complicar as coisas, dizendo, em Moçambique, em Angola, na Guiné, para quê, se dizendo apenas Na África as pessoas compreendem o que se está a dizer?
Por isso, o meu apelo vai para que se siga estes exemplos e se generalize mais coisas. É preciso reduzir o nosso vocabulário. Está num nível demasiado elevado. Precisamos de mudar para um nível mais concorrente-do-Big Brother.
Tuesday, January 13, 2004
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