Friday, January 23, 2004

Ainda há esperança

Voltemos ao tema da publicidade.

É terrível. Dominadora. Faz com que pessoas racionais percam a cabeça e se empenhem até à medula para comprar o último Golf (sim, a Volkswagen está a pagar por eu dizer este nome). Faz com que os adolescentes deixem de comer para pouparem o suficiente para comprar aqueles Nike (cha-clink! That will be 100 USD, mr Nike Boss). Faz com que os miudos novos pareçam bean bags com pernas, de tanta junk funk que são obrigados (pela publicidade) a comer.

Mas há coisas em que a publicidade parece ter uma dificuldade extrema em convencer as pessoas. A tal ponto, que já desistiu de fazer campanhas decentes, faz campanhas só pelo facto de ter de fazer.

Exemplo: Campanhas de supermercados. Alguém se lembra de uma campanha de supermercados decente?

Não há, são todas péssimas, cada uma pior que a outra. Há aquela do Minipreço em que os produtos estão a tentar fugir (no comments), Há uma do continente ou sei lá o que é em que aparece uma loura a correr como se tivesse marcado um golo, mas mais com cara de quem tem perfeita noção da figura de palhaça que está a fazer...a do Jumbo e da Mãe de todos os preços também nem quero comentar...

Por isso, quando vos disserem que a publicidade domina tudo e influencia tudo, vocês podem dizer: Tudo? Quase tudo. Porque há um grupo de irredutíveis supermercados que consegue fazer da publicidade uma arma ineficaz...

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