Já que falamos de publicidade, modas e tendências que nos controlam e subjugam toda a nossa vontade, num estilo Orwelliano, importa também ver que opções temos para lidar com essa situação.
A primeira de todas, e sem qualquer dúvida a mais confortável, é pensar simplesmente que a realidade é que a publicidade nos domina, que as multinacionais nos dominam, que os governos poderosos nos dominam, e que portanto o mais fácil é aceitar essa situação e entrar no jogo (if you can´t beat them)
Agora, há outras maneiras de encarar a situação. Idealistas, sem dúvida, talvez utópicas, mas o que seria da humanidade sem idealismo?
Primeiro, está aquilo a que podemos chamar "democracia do consumidor" (George Monbiot) - ou seja, escolher bem aquilo em que se vai gastar dinheiro. Desse modo poderíamos de algum modo afectar as poderosas empresas que não olham a meios para conseguir o lucro. Seria bom se isso funcionasse, mas o problema é que exigiria uma gigantesca campanha concertada para beliscar alguma destas multinacionais. De resto, são actos isolados. (mas que ainda assim, nos podem fazer sentir bem. é o que eu sinto com a McDonald's, onde já não ponho os pés há quase um ano e meio)
Com esta opção de efeitos reduzidos, é preciso pensar noutras. Há teorias que defendem que devemos aproveitar o tempo não a trabalhar para o objectivo do lucro mas para termos prazer, nem que isso implique ter menos dinheiro. O que importa é perceber realmente o que nos dá prazer. E aí entra novamente a história da publicidade, a lembrar-nos que que o nos dá prazer é comprar coisas. Mais uma opção dificil de fazer.
O importante para nos mantermos sãos e a sentirmo-nos livres neste mundo do Big Brother é nunca nos esquecermos do que se está a passar à nossa volta, nunca baixarmos os braços a dizer, pronto, é assim e é imutável. Lembrem-se que à partida todas as revoluções eram vistas como impossíveis. Lembrem-se que todos os impérios caíram.
Hasta la victoria.
"Acuérdense que la Revolución es lo importante y que cada uno de nosotros, solo, no vale nada." Ernesto Che Guevara.
Sunday, January 18, 2004
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