Sunday, April 29, 2007

Globe for Darfur


Hoje celebra-se o quarto aniversário do conflito no Sudão. Mais uma guerra sem sentido, que já custou a vida a 200.000 pessoas no Darfur, além de um sem número de atrocidades cometidas em nome de algum Deus. E como sempre nos conflitos em África, a comunidade internacional assiste impávida e serena, à espera que o tempo resolva a situação, como fez no Ruanda. Nós, aqui sentadinhos confortavelmente em frente ao computador, podemos não fazer muito, mas temos pelo menos o dever de não deixar cair no esquecimento o sofrimento de milhares de seres humanos. Já se viu que a comunidade política quando é pressionada pelos cidadãos acaba por agir. Por isso vão até http://www.globefordarfur.org/act_now.html, assinem a petição, escrevam nos vossos blogs, divulguem. Não há tempo a perder.

Saturday, April 28, 2007

1984, for lack of a better title

Ando numa fase de leitura semi compulsiva... uma sequência de muito bons livros...

À partida, nada de mal, mas isto traz um problema. As histórias que leio são interessantes. Imaginativas. Ricas.
Começo a sentir a vida mundana mais como uma narrativa, da qual eu sou o narrador. Um narrador perverso, homodiegético e omnisciente. E não quero que a minha história fique áquem destas maravilhas que leio.

I am GOD.

A fronteira entre real e ficção vai-se perdendo. Em cenários sociais torna-se pior o problema. Cada pessoa é friamente observada, estereotipada e resumida:

"A adolescente pseudo rebelde que não está bem em lugar nenhum pois todo o lugar é um atrofio",
"O desbocado inconveniente falso simpático com algo no olhar estranhamento psicopata",
"A belíssima jovem sofisticada que aparenta ter o mundo na mão mas que no fundo é uma menina frágil e insegura",
"O bêbado",
"A empregada oriental",
"O porteiro".

Judging a book by its cover... de notar que os últimos três eram figurantes. O que deve ser chato. Ver a nossa vida resumida a uma ou duas palavras. Innocent bystanders in a larger picture. Eles não eram menos importantes. Apenas menos interessantes. No fim, com um twist brilhante, um deles poderá vir a ter uma descrição maior, mas por agora não. São o cinzento na história que faz o vermelho realçar. Pobres coitados.

I am Big Brother.

As pessoas tornam-se personagens. E eu provoco-as para tornar a acção mais interessante. Pico-as. Distorço factos. Puxo uma reacção. Gozo com aquilo em que mais acreditam. Passam a ser quase marionetas nas minhas mãos. Pico uma para provocar reacção noutra. Tudo para tornar o produto final ligeiramente mais atractivo para o "leitor". Problema é que o único leitor sou eu.

Or am I?


THE END

Thursday, April 26, 2007

A luz ao fundo do túnel

Os portugueses continuam a surpreender-me. É um povo em que se nota que há uma grande vontade de fazer parte da história, talvez sejam resquícios da época gloriosa dos Descobrimentos, não sei. Mas o que é certo é que cada vez que há um evento que tenha alguma remota hipótese de ficar para a história, a malta acorre em massa. Foi assim na Maior Feijoada do Mundo, esse célebre evento na Ponte Vasco da Gama, foi assim na Maior Bandeira Humana do Mundo, durante o Euro, e ontem repetiu-se com a inauguração dessa obra tão esperada como era o Túnel do Marquês. A Câmara lançou a ideia - que a mim me pareceu imbecil a todos os níveis - de deixar as pessoas percorrerem o túnel a pé e, surpreendentemente, foi um sucesso. Fazendo jus ao 25 de Abril, o Povo saiu à Rua, mobilizou-se, esperou, fez fila, tudo para ver...um túnel. Um túnel rodoviário. Asfalto, traços no chão, betão à volta. Um túnel. O melhor comentário foi em directo para a SIC Notícias:

-Pergunta: “Então minha senhora, porque vai andar a pé no túnel? O que espera ver?”
-Resposta: “Ahh...não sei, luzes...e colunas”.

Palavras para quê?

Wednesday, April 25, 2007

25 de Abril, Sempre.

Venham mais cinco, duma assentada
Que eu pago já,
Do branco ou tinto

Se o velho estica, eu fico por cá
Se tem má pinta, dá-lhe um apito
E põe-no a andar
De espada à cinta
Já crê que é rei, d'aquém e d'além Mar

Não me obriguem a vir para a rua gritar
Que é já tempo d'embalar a trouxa e zarpar

A gente ajuda, havemos de ser mais
Eu bem sei, mas há quem queira
Deitar abaixo o que eu levantei

A bucha é dura, mais dura é a razão
Que a sustém
Só nesta rusga, não há lugar pr'ós filhos da mãe

Não me obriguem a vir para a rua gritar
Que é já tempo d'embalar a trouxa e zarpar

Bem me diziam, bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra, quem trepa no coqueiro é o rei



"Venham mais cinco", Zeca Afonso

Monday, April 23, 2007

Writers' block

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costumava escrever sempre isto de cada vez que tinha uma folha em branco, antes de começar a escrever algum trabalho. Normalmente dava resultado, inspirava-me. Hoje pelos vistos não resultou. Enfim, o Pointless vai ter de esperar por melhores dias.

Thursday, April 19, 2007

Go green

Porque estamos na final da Taça. E mais nada.

Wednesday, April 18, 2007

Drunfos, Anestesia e Liposucção


Nunca devemos passar a vida sem uma experiencia tão marcante como passar dois dias no hospital. Porém devemos a todo o custo evitar ter de passar qualquer dia que seja no hospital.

a experiencia contada por yours truly:

1. A COMIDA : ponto assente...se voces quiserem ter a ligeira impressão que comem de verdade façam com que o vosso saco pessoal esteja carregado de barras energeticas kinders, biscoitos e provavelmente bebidas, porque deep down under, o menu é variado, mas o filet de peixe (que nao sei nem o tipo) é mais duro que um bife cheio de nervos...sério! nunca vi um filet de peixe se cortar tão dificilmente! nao é tipo as publicidades que o garfo e a faca separam o filet e até da para ver o fumo a sair, estilo "bem cozido" e tal...não! este é o estilo de filet de peixe que voces mastigam horas, cospem pela janela e o bocado cai na cabeça de alguem matando-a instantaneamente!

2. AS ROUPAS : colants brancos ultra sexys para facilitar a circulaçao. so faltavam as ligas entre as cuecas e os colants. Ah ops! Também não tem cuecas! Tem uma especie de robe que so cobre à frente! Quando conseguem se levantar, tem-se a leve impressao que "it's a bit chilly hey".

3. OS COMPRIMIDOS : façam o que quiserem, mas nunca os tomem. As enfermeiras vão dizer que é para se acalmarem, que não é para vos por a dormir. Minha gente! Quando um comprimido tem como primeiras silabas PROZAL, esqueçam! They're trying to put you to sleep!

4. A ANESTESIA : como se não bastassem os comprimidos, a viagem para o bloco operatorio é feita nas nuvens...comprimido para descontrair o c@r@lho!!! Depois, tem os medicos, enfermeiras e tudo quanto é staff a falarem com vocês e vocês não percebem a ponta de um chavelho...porquê?! o drunfo, forgot! A anestesia é vos enfiada num tubinho chamado catéter que eles fizeram o favor de vos enfiar entretanto. Needless to say que doi pra c@r@lho!!!
Quando a anestesia penetra no vosso sistema, sentem uma dor um pouco aguda , tipo aquela que sentiam quando levavamos a "pica" la na EPM (Escola Portuguesa de Maputo)...depois é o blackout! Vocês pensam que piscaram os olhos, mas nao you're gone! quando voltam a abrir os olhos pensando que so os piscaram, ja estão na sala R.A., vulga, Re Animação! O dia é passado entre vai e vens esporadicos entre a realidade e o sono!

6. LIPOSUCCAO : não ha muitos comentarios ainda! deixa manchas negras de porrada por todo o lado, mas dizem eles que é normal!

5. AS ENFERMEIRAS : são simpaticas se formos simpaticos. Mas vem vos acordar de 2 em 2 horas para vos medir a tensão. No wonder que nos dão os drunfos! Muita fixe quando são bonitas, and believe me tinhas varias bonitas...uma até me lavou as costas! Fixe!

6. A SAIDA : é feita na cara de pau! "Temos aqui o seu papel, quando quiser sair pode dar o baza, tipo jà!!!!" Ok got the message, i'm going!

Pois é. Agora 15 dias de repouso, daqui a 8 mudar as compressas e muitas drogas para tomar todos os dias!

Good Morning, Have a nice Day!

Tuesday, April 17, 2007

“Insanity is the only sane reaction to an insane society”

Um estudante entra numa universidade e mata indiscriminadamente 32 pessoas

Cientistas descobrem que os chimpanzés evoluiram mais do que os humanos desde que as duas espécies se separaram do antepassado comum.

Um país pára para perceber se o primeiro-ministro tirou um curso ou não

Uma austronauta americana corre, numa passadeira na estação espacial internacional, o equivalente a uma maratona

Um homem sudanês é obrigado a casar com uma cabra depois de ter sido apanhado em ‘momentos íntimos’ com o animal



Está tudo louco?

Friday, April 13, 2007

Deixem jogar o Mantorras!

“Já chega disso de dizerem que o Mantorras é...a boa expressão é ‘coxo’. Eu não sou coxo, estou recuperado. Faço duas horas de treino, igual a todos, então porque não jogo?” - Pedro Mantorras

Não sou benfiquista, aliás hoje estou bastante satisfeito com a passagem do Espanyol às meias-finais da Taça UEFA (onde o Sporting, da última vez que participou, chegou sem dificuldade à Final e só por manifesta infelicidade não ganhou...) mas não quero deixar de prestar o meu apoio ao Mantorras, um jogador que dá gosto ver jogar. Por isso vou aproveitar a enorme exposição mediática deste blog para reforçar o apelo já feito tantas vezes : Deixem jogar o Mantorras!

Tuesday, April 10, 2007

...porque todos gostamos de estatísticas

O Pointless em números...

Média de visitas diárias - 6 ; Média de duração de visita 5:50 minutos ; Média de page views diários – 14 ; Média de page views por visita – 2,2 ; Origem das visitas por continente – Europa 80%, Ásia 4%, América do Norte 3%, América do Sul 2%, desconhecido 11%; Origem por sistema operativo – Windows XP 79%, Mac 21% ;

Thursday, April 05, 2007

Rock On.

Bloc Party. Dave Matthews Band. The Who. Pearl Jam. Beastie Boys. Smashing Pumpkins. White Stripes. Interpol. Arcade Fire. Editors. LCD Soundsystem. Maximo Park. Placebo. Pat Metheny. Arctic Monkeys.

Todos em Portugal nos próximos quatro meses.
Se arranjarem maneira de trazer novamente The Strokes, Franz Ferdinand e Rage Against the Machine, vai ser o melhor ano de concertos de todos os tempos.


PS- Boa Páscoa.

Para aqueles que o fim de semana chegou!


"Fim de semana chegando e o coitado tá no osso
Mas acaba de encontar a solução
Coloca um caderninho no bolso,
Apanha umas fichas e corre prum orelhão
É o seu velho caderninho de telefone
Com o nome e o número de um monte de mulhé
E ele vai ligar pra todas até conseguir chamar uma gata pra sair e dar um rolé

2345Meia78!
Tá na hora de molhar o biscoito!
Eu tô no osso mas eu não me canso!
Tá na hora de afogar o ganso!"

Gabriel o Pensador...agora vem me dizer que so ouço cenas com instrumentos de uma corda so...ah e lembra-te inveja é uma cena muito feia...ah detalhe...ganhei uma PSX 3...toma là, vai buscar!

Wednesday, April 04, 2007

Desejo mimético ou, para os mais chegados, pura e simples inveja

Inveja é o desejo por atributos, posses, status, habilidades de outra pessoa. Não é necessariamente associada à um objecto: a sua característica mais típica é a comparação desfavorável do status de uma pessoa em relação à outra.

A inveja é um dos sete pecados capitais na tradição Católica. É considerado pecado, porque uma pessoa invejosa ignora suas próprias benções e prioriza o status de outra pessoa no lugar do próprio crescimento espiritual.

A inveja é frequentemente confundida com o Pecado Capital da cobiça, um desejo por riqueza material, a qual pode ou não pertencer a outros. A inveja na forma de ciúme é proibida nos Dez mandamentos da Bíblia (graças a Deus que não tenho religião).

É comumente associada à cor verde (como a cor do Sporting, mais conhecidos como as lagartixas), como na expressão "verde de inveja". A frase "monstro de olhos esverdeados" (green-eyed monster, em inglês) refere-se a um indivíduo que é motivado pela inveja. A expressão é retirada de uma frase de Othello de Shakespeare. Outra expressão muito comumente usada no dito popular, para designar a inveja é a dor de cotovelo.

Entretanto, a inveja não é uma característica intrínseca do género humano ela é fruto do egoísmo, numa sociedade concorrencial.

Os indivíduos, em contraposição, disputam poder, riquezas e status, aqueles que possuem tais atributos sofrem uma reacção dos que não possuem, que almejariam ter tais atributos ; isso em psicologia é denominado formação reactiva e é um mecanismo de defesa dos mais "fracos" contra os mais "fortes".

A inveja é um produto social e histórico, sentimento esse arraigado no capitalismo no darwinismo social, na auto-preservação e auto-afirmação. A inveja seria a arma dos "incompetentes".


Viva o Wikipédia com alguns toques Wilsonzescos! Tomem um chuto na cultura! Eh TOQ, touché!

Tuesday, April 03, 2007

A estrela do momento (AkA Knut the Polar Bear)



Sim, eu sei, a foto de um urso polar seria a última coisa que pensavam ver no Pointless, mas há uma primeira vez para tudo, inclusive para ver a foto de um urso polar no Pointless. Permitam que vos apresente o Knut, um urso polar nascido no zoo de Berlim e que foi rejeitado pela mãe. Os tratadores do zoo resolveram alimentar o urso, contrariando a opinião de muitos especialistas que diziam que se a mãe o rejeitou, eles teriam de abater a cria para não a criar de forma artificial (esqueciam-se que o urso já estava num zoo, que de natural tem pouco...). Enfim, mas o Knut lá se foi desenvolvendo com os cuidados dos tratadores e hoje é a grande estrela do zoo de Berlim. Parece história da Disney, mas é verdade. E eu sei que este será provavelmente o post mais gay alguma vez colocado no Pointless (mesmo contando com aquele das calças designer do Wilson), mas que se lixe, há que reconhecer que o cabrão do urso é fofo.

PS- Já que estamos em maré de animais, aqui fica uma sugestão de leitura:

http://www.guardian.co.uk/commentisfree/story/0,,2048861,00.html

HD Ready?

É impressão minha ou esta história da Alta Definição (HDTV) é o maior embuste desde o MiniDisc e a Cassete Digital (DCC) ? Quer dizer, anda tudo para aí a propagandear (belo verbo) que é uma revolução, que é o melhor que há, e quando se chega lá, o que é que nos aparece à frente? Exactamente a mesma imagem que teríamos nos televisores actuais se aumentássemos o contraste e a iluminação. Basicamente a Alta Definição é isso: Brilho.
Para revolução, parece-me pouco.