Venham mais cinco, duma assentada
Que eu pago já,
Do branco ou tinto
Se o velho estica, eu fico por cá
Se tem má pinta, dá-lhe um apito
E põe-no a andar
De espada à cinta
Já crê que é rei, d'aquém e d'além Mar
Não me obriguem a vir para a rua gritar
Que é já tempo d'embalar a trouxa e zarpar
A gente ajuda, havemos de ser mais
Eu bem sei, mas há quem queira
Deitar abaixo o que eu levantei
A bucha é dura, mais dura é a razão
Que a sustém
Só nesta rusga, não há lugar pr'ós filhos da mãe
Não me obriguem a vir para a rua gritar
Que é já tempo d'embalar a trouxa e zarpar
Bem me diziam, bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra, quem trepa no coqueiro é o rei
"Venham mais cinco", Zeca Afonso
Wednesday, April 25, 2007
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